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sábado, 19 de julho de 2008

O RECEM-NASCIDO-2ª SEMANA

Sonecas, mamadas e mais sonecas... A rotina do seu bebê não poderia ser mais doce. Agora, que ele deixou o conforto do útero materno, só quer saber de dormir e mamar. E costuma abrir o berreiro se os seus desejos não são logo atendidos. É assim mesmo nas primeiras semanas...
Para saciar o apetite do pequeno, as suas mamas continuam trabalhando a todo vapor. Nos primeiros dias após o parto, elas produziram o colostro, uma verdadeira vacina encarregada de proteger o organismo da criança. Agora que se passaram quinze dias, o líquido começou a mudar de cor e consistência e entrou em cena o chamado leite em transição. Na próxima semana, essa transformação estará completa com a chegada do leite maduro, que é mais branco e contém todos os nutrientes necessários para o bebê.
Mas, cá entre nós, amamentar não é importante apenas para a criança crescer com saúde. Esse ato também traz benefícios para a mulher, pois acelera a recuperação após o parto. Sem esquecer que o aleitamento reforça ainda mais o sentimento de amor entre mãe e filho.


Colostro, a "primeira vacina" do bebê (Por Cyntia Nogueira)
Nos primeiros dias após o parto, os seios produzem um líquido fino – amarelo ou esbranquiçado, semelhante à água-de-coco – chamado colostro. Esse primeiro leite contém água, proteínas, sais minerais e, principalmente, anticorpos conhecidos como imunoglobulinas, que fortalecem o sistema imunológico do bebê, protegendo-o de infecções e viroses. É como se fosse a primeira vacina que a criança recebe. Por sua consistência viscosa e bastante fluida, muitas mães se assustam e acham que o leite é fraco. “O colostro tem uma alta quantidade de proteínas e fornece ao bebê as defesas necessárias em seus primeiros momentos de vida”, explica a pediatra Dolores Fernandez, diretora do Instituto Perinatal da Bahia, em Salvador. Para mamar à vontade O bebê deve sugar o colostro sempre que tiver vontade e na quantidade que desejar. Ele pode passar uma hora mamando, dormir alguns minutos e depois voltar para o peito – é normal. “Quanto mais ele mamar, melhor, porque é a sucção que vai estimular a produção de leite”, explica Dolores. Por ter pouca gordura e ser liberado em volumes pequenos, o colostro é facilmente digerido.


O colostro (Por Tito Montenegro)
Nos primeiros dias, geralmente durante a primeira semana, o leite sai aos pouquinhos e apresenta um aspecto pegajoso e uma coloração amarelada. Esse é o chamado colostro. “A diferença é que ele tem uma maior concentração de imunoglobulinas”, afirma a nutricionista Daniela Beleza Ribeiro, da Santa Casa de Porto Alegre. As imunoglobulinas são fatores de proteção vitais para o organismo do recém-nascido, que precisa estar preparado para se defender de uma grande quantidade de microorganismos presentes à sua volta.


Leite em transformação (Por Tito Montenegro)
Em torno da primeira quinzena de vida do bebê, surge o chamado leite de transição, que sucede o colostro. A partir desse momento, o alimento começa a apresentar as características definitivas. O leite chamado maduro dá as caras apenas a partir da terceira semana. Assim, o fluxo tende a se regularizar, e o leite ganha as características que conhecemos: mais branco e mais líquido do que o leite dos primeiros dias.


Quinze dias depois... (Por Cyntia Nogueira)
Mais ou menos duas semanas após o parto, você vai observar uma mudança na quantidade e no aspecto do seu leite. Ele vai ficar mais abundante e a cor mais branca. É o leite em transição. Chama-se assim porque depois do colostro e da apojadura, que marca um período de mudanças e de grande efervescência hormonal no corpo da mulher, a produção do leite materno começa a se estabilizar. Na terceira semana, entra em cena o leite maduro. Sua composição muda e, dali em diante, ele apresenta todos os nutrientes necessários para o crescimento da criança. Nessa fase, você também vai perceber outra transformação em sua mamas: elas estarão menos cheias. Em conseqüência, as dores e a queimação sintomas que, até aqui, tanto incomodavam algumas mulheres também vão embora. Isso ocorre devido à redução do nível dos hormônios progesterona e estrogênio que estavam circulando no seu corpo. A partir daí, é a sucção do bebê que vai manter em alta as taxas de prolactina e ocitocina, os hormônios responsáveis pela produção e ejeção do leite", explica a pediatra Dolores Fernandez, diretora do Instituto Perinatal da Bahia (Iperba). Ou seja, para a fábrica de leite materno funcionar a todo vapor, o bebê precisa continuar a mamar. Enquanto isso estiver acontecendo, a mãe poderá nutrir seu filho pelo tempo que ambos desejarem. A Organização Mundial de Saúde recomenda que a criança receba o leite materno até os dois anos de idade.


Ocitocina: o hormônio do amor materno (Por Cyntia Nogueira)
O simples toque da mãozinha ou da cabeça do bebê sobre a mama da mulher, durante a amamentação, estimula a liberação de um hormônio chamado ocitocina, responsável por dar início ao fluxo de leite. Ele é produzido pela glândula pituitária numa região do cérebro chamada hipotálamo – a mesma que regula as emoções. Quando chega às mamas, levado pela corrente sanguínea, estimula a ejeção do leite pelos alveólos internos, pequenas glândulas em que o alimento é produzido. A ocitocina também está por trás da sensação de calma, satisfação e alegria que a mãe experimenta enquanto nutre seu filho. “Esse hormônio faz com que ela se sinta apaixonada pelo bebê, o que fortalece o vínculo afetivo entre os dois e facilita o processo de amamentação”, diz o pediatra Marcus Renato de Carvalho, da Clínica Interdisciplinar de Apoio à Amamentação, no Rio de Janeiro.

O bê-á-bá da amamentação (Por Cyntia Nogueira)
Você deve ter aprendido que, para o bebê crescer forte e saudável, precisa sugar uma mama de cada vez. Essa é a regra número um do aleitamento. A outra recomendação é iniciar a mamada pelo peito no qual a criança mamou por último. Existe uma bom motivo para esses cuidados. A explicação é que dois tipos de leite são liberados durante o mamar. Cada um deles contém um grupo especial de nutrientes. O primeiro, conhecido como anterior, sai logo no início da mamada. Sua fórmula é reforçada com água, lactose, vitaminas e fatores de proteção. O outro, chamado de posterior, só é produzido depois que a criança começa a sugar no peito. Ele é rico em gorduras e proteínas. O bebê precisa de ambos. Basta esperar a criança esgotar o leite de um peito e depois oferecer o outro. A segundo mandamento da amamentação, no entanto, pode confundir algumas mães. Assim, aqui vai uma dica dos tempos das vovós: coloque um alfinete de segurança no sutiã para se lembrar. Se a criança mamou no lado esquerdo da última vez, fixe aí o acessório e, na próxima mamada, ofereça o mesmo peito. Menos cólicas, mais pesoObservar tantos cuidados vale sem dúvida à pena. "Se o bebê mamar sempre só o leite anterior, rico em lactose, um açúcar natural presente no alimento, pode ter muitas cólicas e baixo ganho de peso", explica a nutricionista e consultora Valderez Aragão, do Consultório de Aleitamento Materno (Calma), em Salvador. De acordo com ela, os pequenos muito sonolentos ou que não têm tanta pressa de mamar podem sentir dificuldade ao sugar o leite posterior. Além disso, também pode haver algo errado se a criança passa muito tempo mamando e não consegue esvaziar o peito. Nesses casos, é bom ter o acompanhamento de um profissional", aconselha Valderez. Em geral, a mamada com uma sucção eficiente dura, em média, 20 minutos. Mas esse tempo deve servir apenas como referência, cada bebê tem seu ritmo. Um conselho: só tire o bebê do peito quando sentir que a mama está vazia. "Coloque-o para arrotar e, se ele quiser voltar, ofereça o outro peito", aconselha Valderez. Vai ser a sobremesa.

Esvazie um peito de cada vez (Por Cyntia Nogueira)
Existe uma boa razão para adotar essa regra: o leite liberado no início da mamada é diferente daquele que sai no final. O bebê ingere primeiro o chamado leite anterior. Ele é produzido nos intervalos entre as mamadas em resposta à ação do hormônio prolactina e se assemelha ao colostro, aquela substância amarelada produzida pelas mamas na etapa final da gravidez. Além disso, é mais diluído e rico em água, mas também possui vitaminas, lactose e fatores de proteção para a criança. Depois, vem o leite posterior, o responsável por fazer o bebê ganhar peso. Ele tem um aspecto mais branco e é uma ótima fonte de gorduras e proteínas. Devido a essa particularidade, também é conhecido como leite gordo. Para ser ejetado, o leite posterior depende de outro hormônio, a ocitocina, que entra em ação apenas alguns minutos depois que o bebê começa a mamar. Assim, para resumir a ópera, o primeiro leite mata a sede do bebê e o segundo sacia sua fome. Dessa forma, a criança precisa dos dois tipos para crescer e se desenvolver com saúde. É por isso que ela deve mamar até esvaziar o peito, sem limite de tempo", explica a nutricionista Valderez Aragão, coordenadora do Banco de Leite Humano da Universidade Federal da Bahia e consultora do Consultório de Aleitamento Materno (Calma), em Salvador.

Leite materno também hidrata (Por Cyntia Nogueira)
Não custa lembrar: o leite materno é um alimento completo, capaz de suprir todas as necessidades nutricionais do bebê. E, além de alimentar, ele também hidrata. Sua fórmula contém 87% de água, o suficiente para saciar a sede do bebê mesmo em climas quentes e secos. Logo, é desnecessário oferecer água, sucos e chás antes de a criança completar 6 meses. Além disso, o uso de mamadeiras pode provocar uma disfunção motora-oral, favorecendo o desmame precoce. “O ato de mamar no peito exige um esforço maior do bebê do que o de sugar uma mamadeira”, explica o pediatra Marcus Renato de Carvalho, da Clínica Interdisciplinar de Apoio à Amamentação, no Rio de Janeiro. “Por esse motivo, a criança pode passar a fazer a sucção da mama de forma inadequada ou mesmo recusar o peito.” Quando oferecer líquidosA partir dos 6 meses, as papinhas já podem ser introduzidas no cardápio infantil – primeiro as doces e, depois de um ou dois meses, as salgadas. Aí, sim, há a necessidade de oferecer outros líquidos para hidratar a criança. A amamentação, no entanto, pode continuar até os 2 anos.

A transição para as papinhas (Por Tito Montenegro)
A introdução de novos alimentos deve começar aos 6 meses de idade, segundo recomendação da Organização Mundial da Saúde. Mas ainda não é o momento de interromper o aleitamento, que, de acordo com a mesma entidade, deve continuar até a criança completar 2 anos. O que se indica é a inclusão, no cardápio dos pequenos, das primeiras papinhas. Elas devem ser oferecidas sempre no intervalo entre as mamadas. Essa introdução tem de ser lenta e gradual, com os alimentos sendo apresentados ao bebê um de cada vez. Dessa forma, é possível controlar eventuais alergias. Comece com as papinhas doces e, depois de um ou dois meses, quando o pequeno já tiver se adaptado, passe para as salgadas.

As papinhas doces (Por Tito Montenegro)
A partir dos 6 meses, as chamadas papinhas doces são a primeira novidade no cardápio do bebê, que, até então, tinha o leite materno como o alimento exclusivo. Elas devem ser preparadas com frutas bem esmagadas. Que fique claro: esmagadas, e não liquidificadas. Isso porque é importante que o bebê já comece a desenvolver a capacidade de digerir os alimentos. Além de nutritivas, elas representam uma mudança menos brusca em relação ao gosto do leite da mãe. Devem ser oferecidas à criança de colher. Também é importante escolher um talher que não machuque, como os que têm a ponta revestida de silicone.

As papinhas salgadas (Por Tito Montenegro)
Depois de um ou dois meses com a papinha doce, é hora de introduzir o sal na alimentação do bebê – mas com cuidado. As papinhas salgadas devem receber apenas uma pitada do tempero ao fim do preparo. Uma dica: se o alimento está “bom de sal” para o paladar de um adulto, certamente estará salgado demais para uma criança. Também devem ser incluídos na receita os diferentes grupos de alimento, como vegetais, carboidratos e carne – dessa maneira, a criança receberá os principais nutrientes de que precisa para se desenvolver. Assim como as papinhas doces, as salgadas não podem ser liquidificadas, mas apenas amassadas. E, no caso das carnes, bem desfiadas. Elas podem ser inicialmente oferecidas uma vez ao dia, como uma espécie de almoço.

Diversidade na papinha (Por Tito Montenegro)
Na preparação das papinhas salgadas, é importante levar em conta os diferentes grupos alimentares e os nutrientes que podem oferecer. Procure sempre incluir na preparação uma carne (inclusive miúdos), um carboidrato (arroz, batata, aveia ou massas, por exemplo) e um ou dois vegetais (como cenoura, chuchu e abóbora). Recomenda-se ainda não utilizar a gordura no preparo para evitar a saturação do óleo, mas regar o prato da criança com azeite ou outro óleo vegetal, como o de milho. Lembre: gordura faz bem para os pequenos.

Gordura do bem (Por Tito Montenegro)
Os lipídios – sejam eles ácidos graxos ou até mesmo o colesterol – são importantíssimos para o bebê. Por isso, quando ele começar a comer outros alimentos, evite oferecer produtos light. Além de uma excelente fonte de energia, os lipídios são essenciais, no primeiro ano, para que ocorra o desenvolvimento completo dos neurônios. Isso porque são a principal matéria-prima da mielina, a substância que reveste os neurônios. A gordura do leite materno também é importante, pois ela contém as vitaminas chamadas lipossolúveis: A, D, E e K.

Mãe e bebê: o primeiro toque (Por Cyntia Nogueira)
Nos primeiros minutos de vida ou, no máximo, na primeira hora , o recém-nascido já deve ser colocado no peito da mãe. Quando suga os primeiros goles do leite materno, o chamado colostro, ganha forças para se desenvolver e, aos poucos, vai montando suas defesas contra as doenças. No contato com a mãe, ele também encontra proteção e calor, funções antes desempenhadas pelo ventre. "Estudos recentes mostram que o corpo da mulher ajuda a manter o bebê adequadamente aquecido, deixando-o mais calmo e com freqüências respiratórias mais estáveis", explica o pediatra Marcus Renato de Carvalho, da Clínica Interdisciplinar de Apoio à Amamentação, no Rio de Janeiro. O útero agradece A amamentação nos primeiros minutos após o parto também é importante para a recuperação da mãe. Esse ato estimula o útero a voltar mais rapidamente ao tamanho normal, contribuindo para a saída da placenta e para a redução do sangramento pós-parto.

(Fonte: www.bebe.com.br)

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