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sábado, 19 de julho de 2008

O RECEM NASCIDO-1ª SEMANA

As últimas 40 semanas foram inesquecíveis. Aconchegado no útero, o bebê cresceu e se desenvolveu. Quietinho, só queria saber do carinho e da proteção que a mãe lhe oferecia. Mas aí chegou o momento de nascer e ele, que não é nada bobo, abriu aquele berreiro e anunciou sua estréia no mundo. E que estréia, hein?Apesar do tamanho, o pequeno já está ocupando um grande espaço na rotina da família. Com poucos dias de vida, deixa bem claro quando quer se alimentar ou dormir. E, algumas vezes, reclama um pouco na hora do banho ou da troca de fraldas.

O primeiro banho (Por Liliana Negrello)
O recém-nascido geralmente recebe seu primeiro banho ainda na maternidade. Mas isso só acontece algumas horas depois do parto. Não é por menos. A criança chega ao mundo molhada de líquido amniótico do útero quentinho da mãe. Assim, sua temperatura corporal se encontra um pouco acima do que é considerado normal nos adultos. “O primeiro banho do bebê deve sempre ocorrer depois de uma estabilização térmica”, explica o pediatra Vitor Costa Palazzo, do Hospital Infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba. “No útero, a temperatura do bebê é quase 1 grau centígrado superior à do meio ambiente”, completa. Por isso, é tão importante e necessário esperar a aclimatação do pequeno às novas condições, o que se dá após cerca de duas horas no verão e quatro no inverno.

É hora de trocar a fralda (Por Adriana Toledo)
Fazer a troca da fralda e a higienização de forma adequada ajuda a prevenir diversas doenças causadas por fungos e bactérias que se proliferam na umidade e na presença de fezes e urina. "O ideal é trocar a fralda cerca de oito vezes ao dia, especialmente quando você notar que a criança fez xixi ou cocô", recomenda o pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro. Use um algodão com água morna ou lave a região com sabonete neutro ou infantil. Aplique uma pomada que sirva de barreira entre a urina e as fezes e a pele. Deixe a nova fralda aberta por alguns segundos para ventilar. Seu bebê estará protegido e pronto para outra!

Os bichos que provocam assaduras (Por Adriana Toledo)
Monilíase. Dermatite das fraldas. Ou simplesmente assadura. Essa doença é provocada pelo fungo monília, que se prolifera facilmente na região em que se colocam fraldas – um ambiente propício devido à umidade, ao abafamento e à presença de fezes e urina. A doença acomete, principalmente, os bebês de até 1 ano de idade. “O principal sintoma é a pele avermelhada, com ou sem pontos esbranquiçados”, afirma o pediatra Antônio Carlos Madeira, do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro. A candidíase é outra doença de pele popularmente conhecida como assadura ou dermatite das fraldas. Causada por um fungo chamado cândida, ela apresenta os mesmos sintomas que a monolíase – pele avermelhada, com ou sem pontos esbranquiçados – e também acomete os bebês de até 1 ano de idade.
Trocar as fraldas várias vezes ao dia, especialmente quando estiverem sujas, é um dos principais cuidados para manter o bebê longe desses incômodos.

O colostro (Por Tito Montenegro)
Nos primeiros dias, geralmente durante a primeira semana, o leite sai aos pouquinhos e apresenta um aspecto pegajoso e uma coloração amarelada. Esse é o chamado colostro. “A diferença é que ele tem uma maior concentração de imunoglobulinas”, afirma a nutricionista Daniela Beleza Ribeiro, da Santa Casa de Porto Alegre. As imunoglobulinas são fatores de proteção vitais para o organismo do recém-nascido, que precisa estar preparado para se defender de uma grande quantidade de microorganismos presentes à sua volta.

Limpe a gengiva após a mamada (Por Yara Achôa)
A higiene bucal no bebê deve ser feita desde o nascimento, sempre após a amamentação. Quando a criança ainda não apresenta nenhum dente, a limpeza pode ser realizada com uma dedeira de silicone, uma gaze ou uma fralda embebida em água filtrada ou fervida. “Passe-a com cuidado sobre a gengiva e a língua”, orienta o odontopediatra Fábio Bibancos, de São Paulo. A partir do nascimento do primeiro dente, utilize uma escova dental infantil. “Escolha uma de cerdas macias, de cabeça pequena e arredondada”, ensina a dentista Camila Oda Maeda, de São Paulo. Realize delicadamente movimentos circulares para remover os resíduos de leite e de papinhas. Você pode ou não se valer de creme dental até o primeiro ano de idade. Se optar por usá-lo, lembre-se de que deve ser sem flúor – afinal, a criança pode engolir a pasta sem querer. “Mas o que realmente importa nessa fase é a escovação”, afirma a odontopediatra Estela Aranha, também da capital paulista.

Imitar para aprender (Por Débora Mamber)
Muito antes de pronunciar as primeiras sílabas, o bebê já se comunica com o mundo à sua volta. Ainda no berçário, de repente ele vê alguém mostrando a língua e naturalmente coloca a própria língua para fora. Em outras palavras, ele está atento ao que acontece a seu redor e já começou a exercitar a melhor estratégia de aprendizado: a imitação. No início da vida, apenas um olhar mais demorado ou a intensidade no ato de sugar o peito dão pistas de que a criança reage ao que vê, ouve e sente. A todo momento, ela usa os recursos de que dispõe para pedir algo e demonstrar conforto ou desagrado. Observe como ela se antecipa no berço para ser pega, como muda de expressão ao ouvir o som de um chocalho, sua expectativa quando você esconde o rosto com as mãos ou, mais tarde, como ela joga a bola e espera sua volta. "Dessa forma entendemos que a comunicação está se processando", diz a fonoaudióloga Jacy Perissinoto, da Universidade Federal de São Paulo. Aos poucos, esses comportamentos serão associados a sons, elaborando as bases para a estruturação da linguagem.

Mãe e bebê: o primeiro toque (Por Cyntia Nogueira)
Nos primeiros minutos de vida ou, no máximo, na primeira hora , o recém-nascido já deve ser colocado no peito da mãe. Quando suga os primeiros goles do leite materno, o chamado colostro, ganha forças para se desenvolver e, aos poucos, vai montando suas defesas contra as doenças. No contato com a mãe, ele também encontra proteção e calor, funções antes desempenhadas pelo ventre. "Estudos recentes mostram que o corpo da mulher ajuda a manter o bebê adequadamente aquecido, deixando-o mais calmo e com freqüências respiratórias mais estáveis", explica o pediatra Marcus Renato de Carvalho, da Clínica Interdisciplinar de Apoio à Amamentação, no Rio de Janeiro.
O útero agradece - A amamentação nos primeiros minutos após o parto também é importante para a recuperação da mãe. Esse ato estimula o útero a voltar mais rapidamente ao tamanho normal, contribuindo para a saída da placenta e para a redução do sangramento pós-parto.

Um treino para as novas habilidades (Por Débora Mamber)
Até completar 1 ano, a criança irá adquirir uma enorme variedade de movimentos. Os pais podem estimular o filho a descobrir o que ele pode fazer com o próprio corpo, mudando constantemente as maneiras de carregá-lo no colo. Isso porque cada postura promove diferentes ações e reações. Apesar disso, o espaço ideal para esse explorador nato é mesmo o chão. Durante as horas em que ele está acordado, tente não abusar de berços, quadrados ou bebês-conforto. Em outras palavras: não o deixe por muito tempo na mesma posição. Coloque-o de barriga para baixo sobre um colchonete cercado de almofadas para que ele possa rolar, se arrastar, engatinhar e ensaiar os primeiros passos à vontade. Aos pouquinhos, a criança aprenderá a segurar o pescoço e a mexer o tronco, os braços e as pernas. É com liberdade de movimento que o bebê descobrirá ainda como orientar-se em relação ao espaço e controlar seu equilíbrio sem correr riscos. Afinal, quanto maior a altura, maior a queda. Até mesmo o cadeirão deve ser usado com extrema cautela, especialmente entre os 6 e os 12 meses, quando o sapeca pode se virar e levantar de supetão, enquanto você se volta para pegar algo. "Lugar de criança comer é no colo ou no chão", ensina a neuropediatra Vanda Gimenes Gonçalves, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. O cadeirão, no entanto, está liberado em restaurantes. Mesmo assim, esteja sempre atento.

Problemas de nascença (Por Débora Mamber)
Mal chega ao berçário, o recém-nascido já é submetido ao primeiro teste oftalmológico da sua vida. Batizado de exame do reflexo vermelho, esse procedimento é capaz de identificar doenças oculares congênitas como o glaucoma e a catarata. Se a pupila do pequeno ficar avermelhada, como naquelas fotos tiradas com flash, não há nenhum problema à vista: isso é sinal de que não há obstáculos para os raios luminosos. “No Brasil, mais de 60% dessas doenças são detectados tardiamente”, lamenta a oftalmologista infantil Rosane Ferreira, de Porto Alegre. Conheça algumas desses males e veja como os especialistas procuram tratá-los:
• Estrabismo – neste caso, um dos olhos desobedece aos comandos cerebrais, não conseguindo mirar um objeto. Daí, acaba desalinhado. Procedimentos cirúrgicos podem dar cabo desse problema.
• Glaucoma – trata-se do aumento da pressão intra-ocular. Outro mal que é solucionado cirurgicamente.
• Catarata – o bebê também nasce com o cristalino, uma lente responsável por focar os objetos, totalmente opaco. Resultado: o pequeno apresenta diminuição da acuidade visual. Para esse caso, os oftalmologistas remove o cristalino doente por meio de cirurgia.
• Retinoblastoma – esse câncer se manifesta no fundo do olho. Um sinal que denuncia sua presença é um reflexo esbranquiçado na região da pupila. O tumor é extirpado cirurgicamente.

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